segunda-feira, fevereiro 28, 2011


(Em foco: Bom Jesus da Lapa)
1. A humilhação, de Philip Roth: broxante, um dos textos mais fracos do romancista norte-americano. A ideia é muito boa: narrar a história de um ator que, ao envelhecer, se descobre incapaz de continuar a atuar. Basta ler a sinopse em qualquer site que temos imediatamente vontade de ler, entretanto, o livro é palavroso, se perde em cenas bobas, típicas de um filminho de sessão da tarde, e o personagem principal parece mais um ser infantilizado do que alguém em crise existencial. Tem um mérito para quem se importa com a extensão das histórias: é curta. Meu desgosto pode também ser explicado devido à leitura de A humilhação ter sido precedida por O animal agonizante, que é uma narrativa-pérola de Roth acerca da velhice, do medo de se entregar, e das surpresas do destino.
2.Abrir o peito, deixar entrar o sol meio mormaço da manhã, esta sensação de partida, de logo mais estar a embarcar, um gosto de quando a infância ainda vigorava, como explicar?
3.O contraste gritante com a cidade barulhenta, fora dos eixos, a cidade se preparando para o carnaval. Só nos resta esquecê-la, abandoná-la, retornar apenas quando tudo estiver acabado.

Um comentário:

  1. meus sinceros parabéns pela premiação no 20o Concurso de Contos Luiz Vilela! Que coisa linda!

    Se puder compartilhar, por favor, encaminhe para mim o conto vencedor; estou ansiosa para conhecê-lo...

    pricostalopes@gmail.com

    um abraço,
    priscilalopes.com

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