Diga-me: o que traz você aqui?
Ser feliz diante do teu claro par de olhos não é mais uma meta, mas a única forma de sobreviver. Estranhos. Teus olhos. Estranhos. Olhando tudo com desconfiança.
Me aconselha a morte? A derrota? O esquecer?
Diga-me: o que traz você aqui?
Não posso ver por ti as borboletas de setembro, não posso sentir por você o cheiro quase incêndio dos jasmins.
Te aviso apenas que esse lado que tomas é o pior lado da estrada.
Sinta comigo: há tanto atalhos, tantas formas de se buscar o sol, por que então insistes sempre em ir por onde queima, por onde ele rouba a vida do verde, onde ele sapeca tudo de um amarelo queimado, amarelo morto, infeliz?