domingo, janeiro 08, 2006

Não gosto nem de Machado, nem de Graciliano, nem de Guimarães, sou uma pessoa super-antipática, vá se acostumando.
Antes, bem antes, gostava de Cassandra Rios e dos poetas ultra-românticos.
Mas não faz mal, pouco importa, não vamos a lugar nenhum nem com os primeiros, nem com os últimos, pois tudo que pensamos vira papeizinhos coloridos pra se jogar da sacada do 12° andar.
Estamos é sem tempo: relógio no conserto, fronteiras a perigo.
Vou te buscar noutro mundo, então.
Quero te perguntar por que não há primavera nem um verão verdadeiro em teu planeta, só outono e inverno e minguados raios de sol.
Chego perto de ti e esqueço a estrutura que comanda a sua língua, como é que se iniciam as perguntas em sua língua, meu amor?
Não fosse a delicadeza do amor que nem mais encanta mas quer guardar um resto de elo dentro de nós, eu rasgaria tua imagem, cuspiria em cima, chutá-la-ia em direção ao terreno baldio que vejo lá embaixo.
Quero pronunciar alto o teu nome, na minha língua mesmo, quem sabe, quero relembrar/descobrir seu nome e dizê-lo milhares de vezes. Novamente.

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