Violinos
Queria que você me enxergasse agora, envidraçando Salvador.
Pondo as palavras em sacos plásticos,
coisinhas murchas, fios de cabelo, outonos fechados,
aglutinados, sofrendo, orando.
Luzes entrando assim quando não é tarde nem primavera.
A inocência nos ladrilhos,
entre sete portas: você sóbrio e soberano
enquanto dança em mim a mesma dor.
Cidades bailarinas, de noite: bailarinas,
mas nada hoje é muito sábio.
Solidão é tua palavra chave?
I dunno... mas os violinos partem rasgando, rasgando.
O balé da cidade, os destroços que ela pare
e me manda na madrugada, juntos ao ar.
Mesmo colocando em sacos plásticos, mesmo envidraçado,
muito pouco de nós adianta.
Erguendo pernas e braços, acho que te enlaço,
mas não sei se passas de imagem,
coisa linda que se vê na vidraça
e se se toca e ouve é feito lágrima
de violinos que retornam machucando
e ontem tão distantes pouco impressionavam.
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Em Não se vai sozinho ao paraíso, primeiro romance que integra a trilogia místico-erótica de Állex Leilla — cujo centro são as micro-...
-
... falo agora de my father , Caio Fernando Abreu. O link é pra um ensaio teórico, extraído de um capítulo da minha dissertação de mestrado...
-
Chuva Secreta apresenta 09 contos ligados pela simbologia da chuva, que funciona enquanto espaço para a urgência das descobertas subjetivas...
-
Em Não se vai sozinho ao paraíso, primeiro romance que integra a trilogia místico-erótica de Állex Leilla — cujo centro são as micro-...
Poema emocional. Você pode aproveitar o blog para colocar mais poemas seus, já que por enquanto você ainda não tem coragem de publicá-los em livro. Só não nos prive destas preciosidades. Em comum parece que temos também o amor por Mozz.
ResponderExcluirMorrissey Forever!
Abçs e sucesso na empresa.